O PROREVIVER é hoje uma opção diferenciada, como espaço terapêutico especializado no tratamento da dependência química na região metropolitana de Natal, para as famílias que precisam tomar a difícil decisão de internar o seu familiar.
É um espaço que trabalha na perspectiva de deter e controlar a doença, através da recuperação da pessoa do dependente químico, mediante mudanças de atitudes e comportamentos que o levem a rever seus valores e a buscar uma nova qualidade de vida. A equipe técnica oferece ferramentas fundamentais na perspectiva de mantê-lo focado voluntariamente na construção de um novo projeto de vida sem drogas, em função da sua reinserção social como pessoa produtiva e cidadã.
O tratamento tem como foco primordial a família. Os familiares, uma vez considerados como codependentes em todo o processo, precisam ter, necessariamente, um lugar de protagonismo na construção de um novo projeto de vida.
No ProReViver o residente vai encontrar ferramentas necessárias para estimular sua auto responsabilidade para a construção de um novo projeto de vida, uma vez que o programa de tratamento tem como PILARES DE SUSTENTAÇÃO:
A orientação terapeuta-educativa em dependência química tem como base a unidade na diversidade dos saberes que associam conhecimentos acadêmicos da equipe técnica de profissionais da área de saúde mental com experiências na área da dependência química, atuando na diversidade dos sintomas biopsicossociais da doença, com competências e habilidades no tratamento terapêutico, desenvolvido mediante um trabalho coletivo, cooperativo e combinado, numa perspectiva de interdisciplinaridade.
O aconselhamento em dependência química ocorre mediante a metodologia dos 12 passos das irmandades anônimas desenvolvido pelos Terapeutas em dependência química e monitores em processo de recuperação, onde articulados a equipe técnica, contribui no tratamento dos aspectos psicossociais e espirituais dos residentes; espiritualidade não vinculada a nenhuma religião especifica, devendo, pois, os residentes vivenciá-la, pautada na liberdade de escolha e desvinculada de dogmas e divindades.
A dimensão do trabalho para os residentes, na medida em que se envolvem nas atividades do Centro Terapêutico, articulada a dimensão da disciplina exigida no espaço terapêutico (pautada nas normas e regras constante no regimento interno), torna-se de fundamental importância no enfrentamento da abstinência, ao mesmo tempo em que contribui no reconhecimento da sua dignidade como pessoa humana, sujeito histórico e social, produtivo, responsável e cidadão.
Esses três pilares associados e articulados, vivenciados pelos residentes, resultam em uma recuperação terapêutica educativa, por permitir uma reflexão sobre sua capacidade e potencial de crescer como pessoa e cidadão, por possibilitar um processo de aprendizagem, quando interage, escuta, se envolve, aprende e projeta uma nova maneira de viver, na perspectiva de uma melhor qualidade de vida.
O Proreviver desenvolve um tratamento terapêutico voltado para as dimensões biopsicossocial e espiritual do dependente químico, numa abordagem terapeuta humanista, racional, cognitiva e comportamental, pautado em um trabalho terapêutico-educativo.
O residente no ProReViver é tratado por uma equipe interprofissional, mediante uma abordagem interdisciplinar, que implica uma articulação das técnicas psicológicas, psiquiátricas e sociais com a metodologia dos 12 passos das irmandades anônimas, reforçando os princípios da auto responsabilidade, da aceitação e do compromisso com o processo de tratamento terapêutico da dependência química, considerada pela (OMS) Organização Mundial da Saúde como DOENÇA
O tratamento terapêutico-educativo aos residentes, em regime de internação voluntária, contempla 04 (quatro) momentos que se materializam no tratamento propriamente dito da doença da dependência química com a participação efetiva de todos os profissionais da equipe, na perspectiva de resultados.
Neste primeiro momento, efetuado o acolhimento, são feitos:
Inicialmente, uma avaliação diagnóstica mediante entrevista ao residente e sua família. A entrevista busca pesquisar o interesse real, sobretudo pela internação no ProReViver, ao mesmo tempo em que se obtêm o maior número de informações sobre os hábitos de uso. Elabora-se um breve histórico pessoal sobre as diferentes fases da vida do residente, incluindo as informações sobre: os relacionamentos familiares e sociais; possíveis envolvimentos com a justiça; a vida conjugal e profissional; os fatores relevantes ocorridos na infância, na adolescência e vida adulta; os tratamentos anteriores (se houve e como); a saúde do residente, registrando se houve convulsões, desmaios, uso de medicação controlada, comprometimentos neurológicos e/ou psiquiátricos, déficit intelectual que impossibilitem a participação na comunidade terapêutica, possibilitando verificar o seu vínculo com a realidade e a orientação têmpora-espacial.
Encaminhamentos para a realização de exames laboratoriais, para diagnóstico ou não de doenças contagiosas, venéreas, além de outras. Todas as informações são utilizadas para fins de compreensão e analise dos níveis de comprometimento do residente - usuário abusivo de substância psicoativas -, bem como para subsidiar o tratamento do residente no espaço terapêutico.
Neste segundo momento do tratamento, o residente receberá, através da equipe interprofissional, todas as informações de sua doença, especificadas no CID 10 da Organização Mundial da Saúde e é levado a conhecer toda filosofia e metodologia propostas no processo terapêutico-educativo do ProReViver e como o programa terapêutico se propõe a resgatar valores da pessoa como ser humano capaz. É neste ponto que se inícia o tratamento propriamente dito do residente em seus aspectos biopsicossocial, em face da doença da dependência química.
Nesse terceiro momento do tratamento, o residente continuará com atendimento da equipe interprofissional, através da metodologia da proposta terapêutica, com o acompanhamento da psiquiatria, da psicologia e demais profissionais envolvidos, além do acompanhamento dos conselheiros de dependência química com base nos 12 passos das irmandades (NA e AA). Inicia-se neste ponto também o processo de ressocialização de práticas das habilidades com a sociedade e de seu tratamento. Neste sentido, a partir do quinto mês, o residente terá, programaticamente, vários dias por semana com sua família, antes da alta, para um trabalho de readaptação com seus familiares e com o ambiente de convívio até chegar à conclusão concreta de sua alta terapêutica.
Esse quarto momento é determinado por frequentes avaliações da equipe técnica, considerando os avanços no processo de tratamento na sua conduta social, psicológica, emocional e comportamental. Cada momento do tratamento tem a sua própria essência, seu conjunto de atividades e seus procedimentos avaliativos. Completado 06 (seis) meses, de acordo com a avaliação da equipe, o residente poderá ter alta, ou poderá ter seu tratamento estendido por mais três meses. Caso haja necessidade deste reforço de mais três meses, o residente e seus familiares receberão recomendações para darem continuidade ao tratamento e a apoiarem o residente no processo de recuperação e a continuarem também com seu tratamento como codependentes químicos, com participação ativa nos programas de autoajuda.